O Louco Moderno

Louise Tamiazzo
2 min readNov 14, 2017

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Paródia, interpretação, re-interpretação do grande “O Louco” de Khalil Gibran. Aqui o link se você nunca leu, o que eu recomendo fortemente ler. É dois segundinhos e vale mais a pena do que este texto aqui em baixo (fazer o que se é verdade.)

Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:

Um dia, no caso hoje, que é o que importa, despertei de um sono profundo de 4 horas. E tomei um RedBull. Notei que todos os meus fãs, seguidores, amigos, etc etc etc haviam sido roubados — todos aqueles que havia conquistado durante sete vidas — e corri pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”

Homens e mulheres, ninguém riu de mim. Porque ninguém estava lá para me ver. Do que me adianta 7 lindas máscaras, tão bem confeccionadas, se ninguém está lá para ver?

E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado da casa gritou “Também estou de castigo, minha mãe me proibiu de entrar no Facebook hoje.” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua, nua de propósitos. As máscaras? Esqueci nas redes sociais. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram meus fãs, seguidores, amigos, followers, likes, palmas, etc etc etc ….. “ (demorou um pouco para recitar todos).

Assim me tornei louco.

E encontrei tanto liberdade como desespero em minha loucura: a liberdade da solidão e a o desespero de não ter com quem compartilhar. Tomei meu Rivotril. Postei no instagram.

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Louise Tamiazzo

Creative Designer, Brand Strategist, Digital Gypsy, Backpacker, Dancer Wannabe, Playful Writer and Secret Agent. Nice to meet you! http://louisetamiazzo.com