O Louco Moderno
Paródia, interpretação, re-interpretação do grande “O Louco” de Khalil Gibran. Aqui o link se você nunca leu, o que eu recomendo fortemente ler. É dois segundinhos e vale mais a pena do que este texto aqui em baixo (fazer o que se é verdade.)
Perguntais-me como me tornei louco. Aconteceu assim:
Um dia, no caso hoje, que é o que importa, despertei de um sono profundo de 4 horas. E tomei um RedBull. Notei que todos os meus fãs, seguidores, amigos, etc etc etc haviam sido roubados — todos aqueles que havia conquistado durante sete vidas — e corri pelas ruas cheias de gente gritando: “Ladrões, ladrões, malditos ladrões!”
Homens e mulheres, ninguém riu de mim. Porque ninguém estava lá para me ver. Do que me adianta 7 lindas máscaras, tão bem confeccionadas, se ninguém está lá para ver?
E quando cheguei à praça do mercado, um garoto trepado no telhado da casa gritou “Também estou de castigo, minha mãe me proibiu de entrar no Facebook hoje.” Olhei para cima, para vê-lo. O sol beijou pela primeira vez minha face nua, nua de propósitos. As máscaras? Esqueci nas redes sociais. E, como num transe, gritei: “Benditos, benditos os ladrões que roubaram meus fãs, seguidores, amigos, followers, likes, palmas, etc etc etc ….. “ (demorou um pouco para recitar todos).
Assim me tornei louco.
E encontrei tanto liberdade como desespero em minha loucura: a liberdade da solidão e a o desespero de não ter com quem compartilhar. Tomei meu Rivotril. Postei no instagram.