Hoje o post não tem foto.

Hoje o post não tem foto, hoje o post é uma memória.

Uma memória completamente incompleta. Já que você apareceu quando só tinha 1/3 de vida restante. Foi 1/3 que vivemos juntos. Foi durante 1/3 da sua vida que se chamou Seu Adolfo, nosso cão. Aquele que apareceu já com 11 anos na praça perto de casa, quando não foi abandonado, mas livrado de uma família ruim. Finalmente conseguiu se livrar, e conhecer o amor, o carinho, os passeios, os legumes cozinhados especialmente para você, o companheirismo de outros bichos, por mais que você se recusasse a chamar eles de amigos.

Afinal, você era um velho rabugento.

Afinal, você é o Seu Adolfo.

O post de hoje não tem foto, você nunca olhava para a câmera. Hoje o post é só uma homenagem. Uma homenagem a essa linda vida, esta pura vida que é a de um animal.

Eu te agradeço, eu te honro, eu te perpetuo na minha memória.

Assim sua energia vital volta para a natureza, mais um ciclo perfeito se fecha. Malvado esse ciclo. Doloroso. Perfeito, como a mãe natureza escolheu.

Uma vez li um livro, não me lembro qual, que falava da morte e da grande mãe natureza. Como para ela a morte é normal, e não é perigosa. Ela deixa parte da sua energia sair, brincar um pouco no que chamamos de vida, e voltar para os seus seios. Onde pertencemos.

Que sua energia continue a brilhar, na forma que for.

Obrigada, e vai com deus.